sexta-feira, 5 de julho de 2013

Noite Cultural resgata manifestações culturais pernambucanas

Por Daniel Ferreira


Os participantes do primeiro Seminário Nacional de Educação em Agroecologia prestigiaram um verdadeiro desfile cultural com alguns ritmos pernambucanos na Noite Cultural da quinta-feira (04/07).  O grupo pernambucano Sagarana fez o público dançar e cantar ao som do Cavalo-Marinho, Forró Rabecado e Coco de Roda, resgatando clássicos e batuque tradicionais do Estado.

O que mais chamou atenção dos convidados foi a dança do Cavalo-Marinho. Uma denominação atribuída ao folguedo popular que se caracteriza como teatro, incluindo música, dança e poesia, representando por 73 personagens. Sua apresentação pode durar até 8 horas.

Os personagens do auto refletem a sociedade colonial da Zona da Mata Nordestina: Mateus e Bastião, que trazem o rosto pintado de preto, representam a forte presença negra na empresa açucareira; o capitão, montado em seu cavalo, representa o grande latifundiário, dono do engenho; o soldado, subserviente ao capitão, é o elemento opressor a serviço do poder político; os galantes e as damas aludem à faustosa aristocracia que se desenvolveu em torno da cultura da cana.

A Noite Cultural foi uma experiência muito boa ao trazer as tradições e culturas nordestinas e expressões musicais para o Seminário. Achei o Cavalo-Marinho uma mistura muito forte e intensa, fiquei imaginando como essa dança acontecia com os agricultores lá no canavial. Isso tem tudo a ver com a Agroecologia, pois faz parte da valorização e expressão cultural local como processo pedagógico”, enfatizou a aluna Aremita Reis, do Grupo Aranã de Agroecologia/ UFVJM, de Diamantina-MG.

Gostei muito. Admiro muito as tradições e a musica nordestinas. O que aconteceu na Noite Cultural foi uma forma de apresentar as expressões locais e trazer cultura e arte para dentro do Seminário. A expressão do povo, da comunidade, a forma como eles se relacionam com a dança e as letras tem tudo a ver com a Agrocecologia”, reforçou o jovem Lucas Bittecourt, do  Grupo  de Agroecologia e Agricultura Orgânica/UFV, de Viçosa-MG.

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